domingo, 8 de julho de 2007

Capítulo 1 _ O desconhecido



Já estou aqui, paralisado nesta cama, há algum tempo, desde que acordei. Nunca vi nada do que está aqui e este quarto não tem janelas, como vou saber onde estou?

Recupero a consciência e noto que algo em meu rosto está controlando minha respiração. Retiro esta máscara e, de repente, uma sensação horrível toma conta de mim é como se eu estivesse virando do avesso. Coloco rapidamente a máscara e me lembro da última coisa que fiz antes de acordar aqui: eu, depois de voltar de meu escritório, fui dormir como em qualquer outro dia. Então o que teria acontecido?

Ouço vozes que vão se aproximando, eles falam um dialeto que eu, apesar de conhecer muitas línguas, desconheço. Finjo que não acordei, quando três pessoas entram e me colocam em um aparelho que parece me examinar. Elas saem e observo que deixaram a porta aberta, parece que vão voltar logo, então, espero eles se afastarem e saio rapidamente, em um corredor muito longo com várias portas.

Entro na porta mais próxima e tenho uma visão horrível: vários corpos humanos congelados, alguns com fisionomias assustadoras. Se morri não devo estar no céu!

Ainda em choque, saio por outra porta. Estou em uma sala onde vejo máquinas enormes. De repente, de uma das máquinas sai um grito ensurdecedor, ouço vários passos se aproximando rapidamente. Lutando contra minha paralisia, eu corro para a porta contraria aos passos.

Encontro fileiras do que parecem ser meios de locomoção. Abro a porta de um, para minha surpresa, com muita facilidade, entro e vejo um painel e um botão que parece “dar partida”. Qualquer coisa é melhor que “isso”, espero. Aperto o botão e vejo ao seu lado: 21 abril de 3925.

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