segunda-feira, 5 de maio de 2008

Reforma na Vizinhança

Traduzi um texto, o qual eu descobri na revista Superinteressante onde havia um comentário sobre e tava muito afim de ler. E como eu tenho tempo de sobra...
Então pensei "o que eu vou faze com isso depois?" Postar no blog é claro!
Este conto foi escrito por Arthur Clarke que, pesquisando, descobri ser um grande escritor futurista. Ele escreveu para a Nature que, pesquisando, descobri ser uma grande revista.
O conto também está na seleção de contos da Nature "Futures from Nature" que traz 100 contos futuristas (Pelo menos é o que diz a capa).
Desculpem-me o meu inglês que é péssimo mas eu fiz o que pude e
Divirtam-se!


A morte de um sistema estrelar próximo vem como um alívio – e um alerta.

Finalmente, depois de feito o processo de informação que usou nossos recursos ao máximo, nós resolvemos o demorado mistério da Double Nova. Mesmo agora, nós interpretamos apenas uma pequena parte das mensagens de radio e ótica dessa cultura que pareceu tão espetacular, mas os principais fatos sobre o que eles foram parecem incontestáveis.

Nossos ex-vizinhos, diga-se de passagem, pareciam-se muito com nosso próprio planeta, tinham uma distância parecida do sol e a água era normalmente liquida. Depois de um longo período de barbarismo, eles começaram a desenvolver tecnologias usando facilmente os materiais disponíveis e fontes de energia. As primeiras máquinas deles – parecidas com as nossas – dependem de reações químicas envolvendo os elementos hidrogênio, carbono e oxigênio.

Inevitavelmente, eles construíram veículos para moverem-se na terra e no mar, tanto dentro da atmosfera quanto no espaço. Depois da descoberta da eletricidade eles rapidamente desenvolveram sistemas de telecomunicação, incluindo radio transmissores, estes os quais foram o primeiro a nos alertar sobre a existência deles. Embora as imagens móveis que eles proporcionaram revelem sua aparência e seus comportamentos, a maioria do nosso conhecimento sobre a história deles e o seu eventual destino vieram dos complexos símbolos que eles usavam para gravar informações.

Pouco antes do fim, eles enfrentaram uma crise de energia, em parte desencadeada por seu enorme tamanho físico e sua atividade violenta. Por algum tempo, o uso comum da fissão de urânio e da fusão de hidrogênio adiaram o inevitável. Então, para suprirem suas necessidades, eles fizeram tentativas desesperadas para encontrar alternativas superiores. Depois de várias tentativas, envolvendo reações nucleares de baixa temperatura de interesse científico, mas sem valor prático, eles foram bem sucedidos explorando a flutuação do quantum que ocorreu pelos muitos fundamentos do espaço-tempo que lhes deu acesso a uma fonte de energia praticamente infinita.

O que aconteceu depois ainda é motivo de contravenções. Pode ter sido um acidente industrial, ou uma tentativa feita por uma de suas muitas organizações para ganhar vantagem sobre outra. Enfim, em algum momento, por usarem mal as últimas forças do universo, eles desencadearam um cataclismo que detonou seu próprio planeta – e, pouquíssimo depois, sua única grande lua.

Embora a aniquilação de toda a existência inteligente deva ser lamentável, é impossível sentir muito pesar neste caso em particular. A história dessas criaturas enormes contém incontáveis episódios de violência, contra sua própria espécie e numerosas outras que ocupavam este planeta. Se eles conseguiram fazer a transição necessária – como nós fizemos, tempos atrás – da consciência baseada no carbono para o germânio, é um assunto para muito debate. É impressionante como eles tinham habilidade para suportar transmissões de dados maciços com uma deplorável lentidão – muitas vezes por pequenas vibrações de curto alcance em sua atmosfera!

Eles aparentemente estavam à beira de desenvolver a tecnologia necessária para abandonar seus desajeitados corpos químicos e alcançar a múltipla-conectividade. Se tivessem conseguido seriam um serio problema para toda a civilização do nosso Cluster Local.

Cuidaremos para que isto não ocorra nunca mais.