domingo, 12 de agosto de 2007

Capítulo 2 - A Fuga



Enquanto viajo observo os painéis. São muito luminosos e bem sinalizados, é uma pena eu não reconhecer nenhuma das palavras que estão escritas aqui.

Mesmo tentando me distrair, ainda sofro com as visões que tive a momentos atrás, por que alguém iria congelar corpos ou tranca-los em máquinas? Como eu sai da minha cama e fui parar ali, quase 2000 anos depois?

Fico imaginando o que aconteceu comigo. Será que morri, mesmo com tanto dinheiro investido em tratamento. Lembro-me que estava passando por um momento difícil, as dores de cabeça estavam muito fortes naquele dia.

Repentinamente, luzes vermelhas começam a piscar aqui dentro, o veículo para e eu ouço vários sons vindos de fora. Estou começando a ficar desesperado novamente, estas luzes não devem ser um bom sinal. Uma voz feminina fala para eu sair do carro e me render. Enfim alguém que fale minha língua, mas... Render-me a que? Um rápido pensamento me diz que há monstros lá fora, mas tiro essa idéia da minha cabeça rapidamente.

Em um impulso de coragem, abro a porta e saio correndo sem olhar para os lados. O céu é cinzento e o chão arenoso. Ao meu redor um vazio imenso entre duas cidades. Nada acontece. Eu continuo correndo por um tempo até que minha respiração para. Minha visão se perde aos poucos, eu viro para trás e vejo alguém com um tipo de arma que agora está ligada por um fio muito fino em mim, toco minha nuca e noto que o fio se liga à parte de trás do aparelho que está fixado em meu rosto. Estou morrendo! Não consigo respirar!